domingo, 22 de junho de 2008

O meu mais recente poema

A indefinição definida que sinto
Faz-me pensar permanentemente se penso,
Ou, se sim, sinto o que deveras penso sentir.

A menina vê o seu reflexo
Que, quando nítido se torna,
Desperta processo complexo.

Eis que tudo começa!

Como o arranque das rodas a rodar de um comboio,
Começa o sangue na circulação sem cessar;
Acha-se acabar a fonte de alimentação,
Pois parece que a respiração pára, suspensa.

Os olhos, as bochechas, os lábios...
Sorriem todos, todos sorriem...
Ele? Ele bate bravo, bravamente...
Contudo o corpo gela, congela...
Os movimentos estão na cela...

Eis que tudo continua!

A menina vê claramente
Que, quando se dá a implosão,
Ficas só tu na minha mente...

Restamos eu e tu somente...
A anarquia toma a razão...
Como ficar, senão contente?!...


findado em 11.03.2008