Longa distância que se faz curta,
Curta distância que se faz longa.
Eis linha ténue presente que surta
Estado débil, um estado monga.
Frente a frente resulta
Que nada se assemelham.
Todavia se cruzam
Em estádio de multa;
E Pena esta que acusam
Ser Sublime, oculta.
Quer-se que a física culmine,
Quer-se que a que resta sossegue,
E quer-se que isto termine,
Pra dar asas ao que se segue.
Assim, tal dia venha já,
Hibernaremos até lá;
Pra que o acordar doce seja:
Por um toque no rosto, reja!
E já vão dias,
Meses, dirias,
O tempo custa,
Sem pressa a fusta…
Sozinha passeia a vontade,
Não quer nada, também nada faz –
Não será isto uma maldade?
Serei eu habilmente audaz?
Bate cá dentro certa saudade,
Que me deixa sentir incapaz,
Tão novo, com tão pouca idade…
Contigo, é tanto o que me dás…
Contigo, sou feliz, fico em paz.
Desde seu primeiro,
Sem possível fim,
Teu olhar certeiro,
Penetrando em mim,
Totalmente, sim.
O que será afinal?
Cá, em mim, sinto calor…
Penso ser o tal sinal,
Sinto igualmente dor,
MP`s sem qualquer final,
Cobertos neste amor,
Obrigado, meu…teu Senhor.