domingo, 9 de julho de 2023

É/O tempo das borboletas


E sempre ao cair da noite,

Esmorecem as defesas,

Iluminam-s' os sentidos:

É a luz além poente

Que protege' as indefesas

E todos qu' estão contidos.


Ganha-s' autenticidade!


E eis qu' a felicidade,

Vem d' audácia da vida,

Vem do ir e do chegar,

Pois é a falta sentida

Que nos faz apreciar

Quem realmente (s') importa;

O que de verdade interessa.


Ganha-se clarividência!


Porque é nessa linha torta,

Num estágio sem pressa,

Que s' antinge' a paciência

E em que tudo começa:

Dá-se lugar à harmonia,

Num nível de sapiência,

De pura sabedoria.


Ganha-se tal liberdade!


Assim e sem mais demoras,

Acabam-s' as demais lutas,

As angustiantes horas...

É tempo das borboletas,

E da brisa das canções,

P'ra junção dos corações. 


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