Na cidade expurgada de comunhão,
Cresce a heterogeneidade do ser irracional.
Na cidade expurgada de comunidade,
Cresce a solidão competitiva.
Nesta cidade globalizada,
Cada ser encontra-se no seu próprio universo,
Cada ser perde-se em si mesmo,
Cada ser arrasta-se pela sua materialidade.
É, pois, uma cidade condenada,
É, pois, uma terra árida,
É, pois, uma promessa devastada.
Naquela aldeia, aduba-se sentidos,
Semeia-se simplicidade,
Rega-se cristalinidade,
Renascendo esperança
Pela colheita casta,
Expectando-se o desconhecido sabor,
Provando-se o, ainda, sal presente
De um futuro crente.
Porto, 14 de Abril de 2012
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