quinta-feira, 19 de março de 2015

Presságio intemporal


Há lá presságio mais ousado,
Há lá um assim intemporal!?
É, pois, preciso ser-se casado,
Com tamanha unidade plural.

Concede o tempo tempo ao casal,
Tempo para o não, até p’ra o “nim”!
Porque escrito parece estar sim,
Seja qual for e se existir fim.

Será ele mesmo amado?
Por mais cega esta razão,
Soltem a inconsciência;

Chega de s’achar atado!
Abram lugar à paixão!
E rompam essa ciência!

Cada vez mais prontos,
Parecem uns tontos,
Estes dois sem pontos.


Lisboa-Porto, 18 de março de 2015