sábado, 15 de janeiro de 2011

Quero-te toda velhota.


Ei, porque não te dás ouvidos? Porquê?

Tens certeza? Então, espero que dê.

Eu não fazia, propriamente, questão,

Mas se a vontade lá te vence a razão,

Tentarei compensar-te, se, até agora, não.


Creio que a escolha foi complicada.

Sei-te numa decisão aplanada.

Imagino labuta esforçada.

Sonho com o retorno de mão dada.


Vejo-te indo a amadurecer,

Observo cada teu novo traço,

Enquanto ela me ajuda a absorver,

Este sentido que me faz baço,

Pensando, sem stop, no nosso laço.


Hoje, já temos a vitória.

Anseio pelo amanhã,

P`ra continuar a história,

Contigo feliz e mais sã.


Em sétima e presságio,

Finalizo esta escrita,

Predizendo-te contágio

Do que eu agasalho em cripta –

Quero-te toda velhota.


Porto, 15 de Janeiro de 2011

5 comentários:

Unknown disse...

Ei, este pôs-me os pêlos em pé!
Estou completamente apaixonada por esta parte: "Vejo-te indo a amadurecer, Observo cada teu novo traço, Enquanto ela me ajuda a absorver, Este sentido que me faz baço, Pensando, sem stop, no nosso laço."

Talvez eu me tenta tornado na pessoa mais lamechas do planeta.
Talvez esteja a entrar na melancolia da noite.
Talvez tenhas nos dedos a palavra que me faz reflectir.

Eu acho que é mais esta última. Os teus poemas conseguem sempre surpreender-me :)

Unknown disse...

Se não é o melhor, o meu favorito! Lindo! Espectacularmente bem escrito!
UOU!

Lena disse...

Ainda bem que estas de volta :)

Anónimo disse...

Lindo, sublime, fantástico, esbelto, enfim: assim assim

Anónimo disse...

Quero te todo velhote