Bem-aventurados os instintivos,
Porque sentem sem pensar.
Felizes os despreocupados,
Por viverem o presente.
Afortunados os desregrados,
Por predarem os seus sonhos.
De tanta consciência se pensa o Homem,
Mas de tanto desconhecimento se o faz.
Entre a clareza e o rigor do que dizemos “ámen”,
Reina a efetiva anónima raiz.
A explicação é exigida
E a razão apronta-se para apresentá-la,
Nem que para isso tenha de inventá-la,
Nem que para isso tenha de acreditá-la.
Eis a consciência crente inocente,
De que sabe tudo sem saber,
O verdadeiro motivo do seu viver.
Porto, 5 de setembro de 2015
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