Desde há tanto tempo,
Faz tanto de tudo.
Um turbilhão ermo
E um grito mudo.
Elas atropelam-se,
Por entre tais dedos,
Elas interpelam-se,
Guardando segredos.
Rasga-se o silêncio,
Teclar hesitante,
Ainda qu’obstante,
‘ quem confidencio?!
Desde há tanto tempo,
Faz tanto de nada,
Mero passatempo,
Verdade negada.
Sugere qu’o é:
Tal momento livre;
Pres’à sua fé,
Restam reticências
Das suas carências.
Barcarena, 26.04.2020
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